Clô Orozco foi encontrada morta, aos 63 anos, em frente ao prédio onde morava, em São Paulo, na manhã desta quinta-feira (28.03). As causas da morte ainda são desconhecidas. De acordo com o Corpo de Bombeiros, às 7h58 da manhã foi atendida uma ocorrência de queda de uma mulher do 6º andar do edifício, na rua Rio de Janeiro, em Higienópolis.
Grande representante da moda paulistana, Clô começou a se interessar por moda nos anos 1970. As primeiras peças foram feitas em 1977, estampadas com a técnica da batik e vendidas entre amigos. A Huis Clos surgiria oficialmente no ano seguinte, como etiqueta de peças desenvolvidas por ela e vendidas na sua multimarcas Splash, que abrira nos Jardins.
Contemporânea de Gloria Coelho, teve sua grande mudança em curso feito com Marie Rucki em 1981. Daí que começou a se formar seu estilo de roupas urbanas e elegantes, com influências direta dos estilistas japoneses dos anos 1980 e da sua formação em sociologia - o próprio nome da marca veio de uma citação a Jean Paul Sartre. A primeira loja surgiria em 1984.
A estreia nas passarelas aconteceu em 1995, com desfile próprio antes de entrar no calendário do recém-criado Morumbi Fashion, no ano seguinte. Depois de um hiato, voltaria a desfilar em 2004, já no SPFW, evento em que participava até recentemente.
Clô também cuidava da Maria Garcia, marca jovem criada em 2001 e que chegou a ser tocada por Camila Cutolo. Em 2008, passou a criação da Huis Clos para a jovem Sara Kawasaki, que daria uma rejuvenescida no estilo da marca enquanto Clô focava nos negócios da empresa.
"Voce vai fazer falta Clô, neste mundo cada vez mais deselegante!", escreveu via Facebook o estilista Walter Rodrigues, que começou carreira na Huis Clos em 1984. "Ela foi minha mestra, minha guia, sua elegância, seu senso de estilo e seu amor à moda sempre me contagiaram".
(Fonte: Gloria Kalil)